6.12.06

Violência Doméstica

Violência Doméstica

Somos ensinados desde pequeno a confiar no amor ilimitado dos pais; a acreditar que todos eles são capazes de cumprir com a árdua e penosa função materna. Isto, infelizmente tem sido desmascarado cotidianamente pela Psicanálise.
A ciência tem detectado muita violência e muita brutalidade no trato com crianças pequenas, muitas vezes partindo da mãe biológica.
Psicanaliticamente sabemos que para a criança ter um desenvolvimento psicológico sadio e independente é de vital importância que ela introjete o que chamamos de Lei do pai. Esta lei pode ser simplesmente explicada como a introjeção na cabeça do filho(a) pela mãe de que existe outro no desejo da mãe, que é o estrangeiro(pai). Esta introjeção fará com que ele “entenda” que a mãe não se completa com ele, mas que existe outro importante na vida dela. Isto quebra completamente a fusão que afastará esta criança da crença imatura de que mãe e filho se completam.
Criar filhos é muito difícil, amá-los mais difícil ainda. Para se amar um filho é necessário que se tenha sido amado como filho e com isto se ter elaborado o luto de ser
Filho. Para as mães não é diferente. Quantas são desprezadas, abusadas ou invejadas pela própria mãe.A clínica nos traz dois exemplos desta violência praticada na maioria das vezes pelas mães: a síndrome do bebê sacudido e a síndrome de Munchaussen. A primeira se caracteriza pela forma de sacudir com violência. Esta prática pode gerar fraturas que ocasionarão hemiplagia ou até tetraplegia, muitas vezes lesões na coluna, no tórax, no crânio e cérebro. O pior de tudo é que esta pratica da sacudidela violenta é praticado por muitos pais, que por não terem nascido com o dom da paciência, muitas vezes tiveram a sorte de não ter causado um desses danos aos filhos. A segunda é mais complexa e mais patológica. A mãe induz e elabora sinais falsos para que seus filho pareça sofrer de uma enfermidade real.
Infelizmente, a triste verdade é que nem toda mulher nem todo homem estão preparados para criar filhos. Se o pai do garoto o trata com muita violência e muita insensibilidade, e se o convívio de ambos for muito difícil isto pode caracterizar muitas problemáticas psicológicas. Desde o ciúme doentio pela mãe ao sentimento de insegurança do amor dirigido pela mãe ao seu filho. Pode também, demonstrar tanto uma imaturidade como uma psicopatologia. Do lado da mãe ela geralmente recebe desde muito pequenina o ensinamento de que todas as mulheres possuem o chamado instinto materno. Isto, infelizmente é uma mentira. Existem mulheres que possuem outras capacidades, produtivas e criativas, menos à de criar filhos. Seus filhos são jogados em qualquer lugar, ou com qualquer pessoa, só importando o sossego dela. E isto não está ligada somente a sobrevivência, porque muitas só batem pernas na rua, culpar o excesso de trabalho ás vezes não corresponde a verdade. Quantas mães que nós conhecemos, fazem tudo para estar longe de seus filhos.
Muita violência juvenil, muita droga, muito alcoolismo, pode estar vindo de lares onde os pais fazem de conta que são pais e exigem desses filhos educação, equilíbrio e maturidade. Reflitamos sobre a nossa família antes que o crime e a desgraça arrombem nossa porta.
Franklin Barbosa Bezerra – Psicanalista e Professor/Supervisor da Pós-graduação em Psicologia Jurídica do CESMAC, Supervisor da Clinica/Escola do CESMAC

1 Comments:

At 8:34 AM, Blogger Amanda said...

Olá, bom dia, sou Psicóloga e estou finalizando uma pós-graduacao em Psicologia Juridica aqui no Amazonas. Gostaria de trocar informacoes. Qual seu e-mail? Meu blog é :

amandatundis.blogspot.com

aguardo retorno.

Amanda.

 

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